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DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR: O QUE ESTAMOS FAZENDO?

Doenças relacionadas à desnutrição são um importante problema de saúde pública tanto nos países industrializados como emergentes. A prevalência relatada de adultos hospitalizados varia de 20% a 50%. Os relatórios iniciais de países emergentes sugerem uma maior incidência em comparação com outras regiões do mundo, sendo relacionada a casos de morbidade e mortalidade. Em 1998 o estudo IBRANUTRI¹, que investigou a prevalência da desnutrição em hospitais brasileiros, demonstrou uma taxa de mortalidade de aproximadamente de 50% para os pacientes hospitalizados¹.

Em 2016, foi realizada uma revisão sistemática de literatura sobre a desnutrição em países latino-americanos. Foram identificados 66 estudos entre os anos de 1998 e 2014, incluindo 29.474 pacientes em 12 países latino-americanos. A prevalência da desnutrição esteve entre 40%-60% no momento da admissão, com vários estudos relatando aumento no tempo da hospitalização, das complicações clínicas infecciosas e não infecciosas e dos custos de internação².

O estudo elucidou que há um aumento de 61% do custo na estadia do paciente no hospital quando comparado com os pacientes bem nutridos. O aumento é decorrente aos pacientes que não estão recebendo uma terapia nutricional adequada apresentando maior suscetibilidade para infecções respiratórias tendo alto gasto com medicamento e exames para tratamento desta patologia².

Apesar da alta incidência de pacientes que já apresentam estado nutricional debilitado no momento da internação, apenas 9% destes receberam nutrição parenteral ou enteral para reversão deste quadro clínico. Com a intenção da redução das complicações relacionadas à desnutrição, programas de combate à desnutrição foram desenvolvidos por alguns países. Porém, não se observa melhoras no quadro dos hospitais o estado nutricional dos pacientes nos últimos quase 20 anos.

Desta forma, fica evidente a necessidade da otimização dos cuidados nutricionais e desenvolvimento de novas campanhas para o combate à desnutrição hospitalar, como o programa lançado pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (BRASPEN). O objetivo é reduzir as altas taxas atuais de desnutrição em nos hospitais brasileiros, visto que em quase 20 anos nada mudou. A campanha propõe 11 passos que deverão ser implementados pelos serviços com o objetivo de reduzir os números relacionados à desnutrição. Os passos são baseados em uma regra mnemônica com a palavra DESNUTRIÇÃO³. Dentre eles, cabe destacar o fato de o jejum ser muitas vezes negligenciado e as metas calóricas e proteicas não serem alcançadas, sendo a utilização da nutrição parenteral uma estratégia que poderia ser utilizada, em determinadas situações, para solucionar ambos os problemas.


Conheça a campanha da Braspen, acesse: Diga não a desnutrição.



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